Cheguei em casa e a encontrei no escuro
e por entre as paredes tristes reverberava o silêncio
no qual ela se mergulhava, eu lhes juro,
esforçando-se para manter-se de pé e o pescoço prende-o
a corda que, atada na madeira do teto,
ainda se recusa a enforcá-la.
Ela, com lágrimas nos olhos e o espírito repleto
do peso da certeza do improvável, ali na sala,
quando me viu pediu que eu não a impedisse
mas somente respondesse a uma pergunta.
Se toda estrada era mão única e o mais tolice
com que a vida é somente Uma escolha sem volta
Um eterno "nunca mais" - perguntou-me a Esperança.
Na minha impossibilidade de resposta, tombou a cadeira e pendeu solta.